Um dos maiores visionários do mundo, por muito tempo ainda será motivo das reflexões da humanidade.
Steve Jobs.
O legado deixado por Steve Jobs é um compêndio inestimável sobre inovação, destinado a inspirar gerações futuras.
Este artigo busca, com humildade, ressaltar as lições fundamentais extraídas de uma carreira e vida extraordinárias, que não apenas moldaram o panorama tecnológico, mas também seguem influenciando o mundo em múltiplas facetas, incluindo o avanço da inteligência artificial.
O poder de saber o que as pessoas querem sem realmente perguntar a elas
Uma das nossas citações favoritas de Steve Jobs veio como sua resposta à pergunta:
Que pesquisa de mercado te levou a desenvolver o iPad?
“Nenhuma”, ele respondeu. “Não é trabalho do cliente saber o que ele quer.”
Clayton Christensen, cofundador da Innosight e renomado professor da Harvard Business School, compartilhou uma perspectiva revolucionária que Steve Jobs incutiu no mundo dos negócios: a importância de transcender as tradicionais pesquisas de grupo focal.
Jobs nos ensinou a observar minuciosamente as tentativas das pessoas em realizar suas tarefas, não somente em um nível funcional, mas também nas esferas social e emocional.
Ele acreditava que o cerne da inovação não residia em focar no cliente “per se”, mas em concentrar-se no ‘trabalho’ que o cliente busca realizar com o produto ou serviço oferecido.
A paixão pela inovação
Num universo onde Steve Jobs não existisse, talvez ainda enxergássemos computadores e telefones meramente como instrumentos práticos.
Contudo, Jobs os elevou a ícones de desejo, ao infundir sua “paixão por unir arte, design e tecnologia na criação de experiências inovadoras para o cliente”.
Essa paixão transformou profundamente nossas emoções em relação à Apple e seus produtos. E consequentemente aos produtos de outras empresas, até hoje.
Possuir e exibir um produto da Apple era (e é até hoje) como manter um diálogo constante com alguém que entenda profundamente o significado de uma experiência de ser alguém especial, excepcional.
Jobs dedicava-se com obsessão para alcançar esse nível que “quase idolatria”.
Essa filosofia pode ser adaptada para praticamente qualquer empresa. Inclusive para os serviços públicos.
Mas onde estão os simplistas Steve Jobs?
Esta paixão se manifesta em um radicalismo pela simplicidade.
Quando o primeiro iPod surgiu, sua elegante roda de clique o tornou revolucionário.
O simples pode ser mais desafiador que o complexo: é necessário um esforço considerável para refinar os pensamentos até que se tornem simples.
Contudo, o esforço compensa, pois uma vez alcançada a simplicidade, é possível mover montanhas.
O erro e o fracasso
Costumamos ouvir que o fracasso é um caminho para o sucesso.
Para Jobs, o fracasso era o único caminho para o sucesso
Após ser demitido da Apple aos 30 anos, Steve Jobs se reergueu e fundou a NeXT.
Embora inicialmente um fracasso retumbante, a NeXT se tornou o alicerce para o triunfante retorno da Apple.
Isto destaca uma lição valiosa da trajetória de Jobs: o fracasso não deve ser temido.
Pelo contrário, devemos estar abertos a falhar – e falhar de forma grandiosa – para então aprender com nossos erros, nos adaptar e tentar mais uma vez.
A busca do produto como um ícone
Steve Jobs foi um visionário que adotou o lema “Think Different” para sua empresa, inspirado por pôsteres de figuras históricas disruptivas como Gandhi, Einstein e Picasso.
A vantagem competitiva de Jobs quase se resumia ao seu questionamento constante, e pela pergunta:
“Por que sempre fazemos assim?”
A abordagem contraintuitiva de Jobs muitas vezes deixava seus concorrentes em um estado de negação confusa.
Um exemplo:
O então CEO da Microsoft, Steve Ballmer, em janeiro de 2007 minimizou o iPhone, dizendo: “Não há chance de o iPhone ganhar uma participação de mercado significativa. Nenhuma chance. É um telefone de 500 dólares… É o telefone mais caro do mundo e não vai atrair clientes corporativos porque não tem teclado, o que o torna um péssimo dispositivo para e-mails.”
Jobs não se guiava pelo que os outros pensavam
Jobs não seguia o que ele deveria fazer, mas sim a sua própria intuição.
Como ele mesmo expressou de forma eloquente em seu discurso em Stanford:
“Seu tempo é limitado, então não o desperdice vivendo a vida de alguém. Não seja aprisionado pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe que o ruído das opiniões alheias silencie sua voz interior.”
Jobs destruía seu próprio mercado
Enquanto a norma para a maioria das empresas é investir em seus negócios principais já estabelecidos, Steve Jobs sempre procurou maneiras de revolucionar o mercado da Apple com soluções inovadoras, acessíveis e simplificadas – o iPad é um exemplo notável dessa estratégia.
Steve Jobs foi um em milhares de empreendedores que, após alcançarem sucesso, conseguiram lucrar ao inovar e até mesmo substituir seus próprios produtos antes que a concorrência pudesse copiá-los.
Por essas razões, Steve Jobs será lembrado por séculos, como um ícone do espírito criativo, do empreendedorismo e da busca incessante por uma vida melhor – uma vida enriquecida pela criatividade, perspicácia e determinação dos empreendedores.
Ele se tornou um símbolo para jovens em todo o mundo.
Steve Jobs é um produto da liberdade de criação, de pensamento, de desapego a regras e conceitos estabelecidos.
Alguém, fora da caixa.
Estamos cansados de gente igual provinciana. Não?
Gente “igual” não muda nada.
Fotos: Atribuídas provavelmente a Norman Seeff.